quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Tem coisas que não passam, porém não nos matam. Mas a dor nos companha onde formos, e
as minhas não passam. eu as armazeno numa sala onde jamais ouso entrar.
É um lugar grande, sombrio, inodoro, com inúmeras prateleiras de tamanhos diferentes,
Onde cada dor é depositada conforme seu tamanho e importância,
Umas menores e outras imensas.
Dores de amigos, de família, de gente que se amou, que se ama,
Dores de coisas que sentimos e que nos machuca e as pessoas jamais saberão, mas nós as sabemos todas.
Dores pequenas, de mágoas, de coisas que se ouviu, que não dissemos, de situações que não se resolveram,
De mentiras não esclarecidas e de medos que nos dominaram.
Dores agudas, fincantes, dores que de pensar trazem lágrimas, sofrimentos e angústias.
A pior das dores, é a de perder uma pessoa que se ama, perder uma pessoa viva.
Por vezes, matamos alguém dentro de nós, e ainda assim a dor gigantesca teima em ficar, permanecer, alojar-se e tomar posse. Isso é o que mais dói.

Não mata, mas dói.

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